O Estado dos homens e os Homens do Estado
É de conhecimento geral que os chamados cargos de confiança são, como a própria denominação demonstra, para serem ocupados por aliados da inteira confiança dos Homens do Estado. No entanto, enquadrar um auxiliar de serviços básicos nessa condição é no mínimo tratar a população por ignorante e ignorar a opinião pública.
Podemos Ler como contratação de cabo eleitoral, ou como compra antecipada de votos, quando Homens do Estado se Afirmam no direito de nomear pessoas para ocupar o lugar de outras no serviço público básico. Eles ignoram a recomendação do Tribunal de contas para a realização de concurso público para substituição legal.
O Estado dos Homens envolvidos nesse trem da tristeza de uns e da falsa alegria de outros é de se lamentar. Por um lado, há pais e filhos de famílias que se vendem ou se deixam comprar pelos vendilhões dos palácios. Por outro lado, há pais e filhos de famílias que se deixam levar pela temporária ilusão de poder. Mas eles não podem esconder o mal-estar de se trancar nos seus palacetes e só circular protegidos no fumê.
Aprisionados na teia de aranha em que se constitui o Estado, diga-se, governos municipais, estaduais e federal, os homens do Estado armam sua teia e, como moscas, muita gente se prende nessa trama.
Por ocasião da passagem de governo, aqui em Esperança, o então prefeito municipal, João Delfino, cumpriu a lei. Mais de cem servidores de cargos comissionados foram destituídos ou exonerados. Agora, depois de tomar posse por força da lei, atendendo a trama dos homens do poder, o governo José Maranhão, vem substituindo servidores de funções básicas.
Substituídos e substitutos, senão cabos eleitorais por antecipação, parecem moscas presas na teia do poder de homens que alimentam ódio e rancor para se manterem Homens do Estado em detrimento do Estado de tantos outros Homens e mulheres, que perdem sua única fonte de renda.