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quarta-feira, 11 de maio de 2022

Especial | O Açude Banabuyê | PDVM*

2022........................................
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05MAI *Pedro Dias, esperancense radicado em João Pessoa, além fotos, via redes sociais, aqui ali publica um texto com suas memórias de Esperança.
FONTE: Pedro Dias, via Meta. TRATO: Evaldo Brasil.
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SD As casinhas à margem e o uso do espaço como área de lazer, como cita o memorialista.
ACERVO: Rau Ferreira, via História Esperancense, Blogue. TRATO: Evaldo Brasil.
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05MAI Neste registro, aqui replicado, trata do Açude Velho "mais que centenário"...
FONTE: Pedro Dias, via Meta. TRATO: Evaldo Brasil.
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05MAI ... Descrevendo a paisagem, por sua geografia, ...
FONTE: Idem. TRATO: Idem.
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SD O Tanque Novo, o cata-vento e o Banabuyê trabalhados por replicação de partes e sobreposição de transparências de cores.
ACERVO: Jailson Andrade, via Esperança de Ouro, Blogue. TRATO: Evaldo Brasil.
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05MAI ... Dando conta do ecossistema em que se constituía e de seus usuários ...
FONTE: Pedro Dias, via Meta. TRATO: Evaldo Brasil.
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SD Seu Zé dos Burros, sua tropa e seus filhos, no ganha pão e na forma que se podia à época.
ACERVO: Jailson Andrade, via Esperança de Ouro, Blogue. TRATO: Evaldo Brasil.
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05MAI ... Da importância do espaço para as famílias de baixa renda, casais de enamorados; classificando-o como Cartão Postal...
FONTE: Pedro Dias, via Meta. TRATO: Evaldo Brasil.
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05MAI ... Sem entrar no (de)mérito dos culpados por esse crime coletivo, vincula o açude ao Lírio Verde do poeta Silvino Olavo, comparando com Campina Grande, que soube manter seu Açude Velho.
FONTE: Idem. TRATO: Idem.
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SD Nos anos 80, tomado pelo esgoto da cidade e a pasta verde quando o antigo "balneário" já era um fossão a céu aberto (Colorizada via MyHeritage).
ACERVO: Jornal Estudantil Novo Tempo. TRATO: Evaldo Brasil.

NOTAS

0. O autor optou pela grafia aberta [Banabuyé]. Neste blogue, em outras postagens, optamos pela escrita afrancesada que predominou durante muitos anos na história do Brasil: [Banabuyê].
1. Rua de Baixo: Rua Dr Silvino Olavo;
2. Rua do Açude: Toda a margem do antigo açude, com destaque para a atual Rua Severino A. Santos, prosseguindo na Rua Joaquim Santiago;
3. Rua Beleza dos Campos: Final da Joaquim Santiago e início da Rua Barão do Rio Branco, ambas no hoje Bairro Beleza dos Campos.
4. Tanque Novo: Atual tanque maior da Capelinha. Identificado neste blogue como Araçá de Baixo ou Tanque Sagrada, quando seus registros fotográficos incluem a Igreja Matriz Católica ou a Capelinha.

quinta-feira, 15 de abril de 2021

Memória | O Açougue Público na Chã da Bala | PPD*

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POR PEDRO DIAS - Em Esperança/PB, na Avenida Manoel Rodrigues de Oliveira, precisamente bem de frente ao antigo bar e sorveteria do Seu Dedé, havia um dos mais antigos prédios da cidade, com fachada estilo neoclássica, com duas portas laterais de grades de ferro fixas, e uma central, para acesso. Fachada esta, com linhas paralelas e traçados outros, dando uma nítida demonstração de que deveria se perpetuar no tempo por ser de propriedade pública, arquitetura diferenciada e conhecida por todos como “O Açougue Público”.

1932.......................................
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SD O início da feira em "T" visto da torre da igreja Matriz.
FONTE: Esperança de Ouro. TRATO: Evaldo Brasil.

Esse prédio, que era vazado com saída para a rua onde hoje encontramos o Mercado Público, assemelhava-se a uma galeria com boxes e “tarimbas” laterais para suspensão de carnes, com corredor central, e dividia-se ao longo do seu comprimento em duas partes como se fossem dois grandes vagões de trem. Havia na parte mediana pequenos boxes onde eram servidos o café da manhã com bolos de milho, de mandioca, de macaxeira e “pé de moleque” aos açougueiros e frequentadores habituais. Na primeira parte, pela entrada da Rua Manuel Rodrigues até o meio, ficavam os marchantes que praticavam o comércio da carne bovina fresca e/ou seca; na segunda, os açougueiros que cortavam as carnes de caprinos, ovinos, suínos e vendiam as buchadas e os miúdos desses animais.

Ali, no sábado pela manhã, o movimento era intenso. Parte daqueles comerciantes já tinha seus clientes certos para quem pesava as suas encomendas de carne, fígado ou quarto de bode e as alçavam numa “embira” de folha de bananeira seca e, assim, pendurados nos dedos, eram levados pelos fregueses até a casa. Pela manhã, no clímax da feira, aglomeravam-se aqui e ali e por certo tempo, alguns dos comerciantes do setor açougueiro, criadores, pequenos fazendeiros, ou os ditos “marchantes” cortadores de carne naquelas “tarimbas”, a exemplo de Seu Tiano, Seu Elísio Brandão, Seu Chico Emiliano (pai), Chico Emiliano (filho), Seu Chico Clementino, Cíço de Luca, Luziete, Pedro Fires e outros, para discutirem sobre a procedência e os acertos de compra e venda das suas crias.

À época, a feira ainda era realizada naquela avenida, entrando um pouco para a Rua do Irineu, onde predominava a feira da rapadura, que se limitava frente à tipografia do nosso saudoso Antônio Batista, onde trabalhava, também, o inesquecível Manú.

Na esquina da Rua do Irineu, no início da “Chã da Bala”, a feira começava, de um lado, com bancos de carne de sol, miúdos de boi e de bode secos, figo seco, toucinhos, peixes secos, queijos e outras especiarias; e do outro, na esquina da bodega de Benício, com sacarias de feijão, fava, milho e farinha - eram os feijoeiros - como Seu Justino, pai de Zé Luiz, Bastão Pigarro, e outros; prolongando-se até à esquina da Rua do Sertão, e, dali, frente a loja do Seu Lita, de ambos os lados, iniciava-se a feira dos bancos dos mascates, onde eram expostos à venda os variados rolos e cortes de tecidos de linho, tergal, tropical, casimira, chitas, roupas de carregação, cujos bancos pertenciam aos senhores Gordurinha, Chico Venâncio, Eugênio, Seu Dorgival Costa e outros.

Os bancos de sapatos, traseiros, sandálias, e outros manufaturados das sapatarias, também enfileiravam aquela artéria, e se estendiam até a esquina da antiga prefeitura. Aliás, a feira tinha o formato de um grande “T”, haja vista a sua penetração direcionada para a Rua do Sertão, estendendo-se até o início da balaustrada onde, dos dois lados da rua, encontravam-se além de outras novidades, frutas legumes e verduras, sem ficarem esquecidas as tradicionais, famosas e bem solicitadas barracas de “geladas” que eram servidas e acompanhadas do pão doce.

Passados os anos, não sabemos o motivo porquê desalojaram o “Açougue” que ficou por um período fechado, até que foi alugado para instalação de uma serraria/movelaria ao Seu Sebastião, moveleiro pai de um dos nossos colegas, o Sadi, durante alguns anos.

A partir daí não mais soube do desfecho dessa história do “Açougue”! A exemplo da “Pracinha” Getúlio Vargas, “Personae non gratae”, talvez gestores públicos, também sem memória, tenham ordenado a sua venda e/ou demolição.

Doravante, com a palavra o jovem poeta e escritor Rau Ferreira, aliado ao nobre jornalista, professor, poeta, cordelista, ativista e historiador Evaldo Brasil que na sua recém-criação do “Art Déco”, postam e denunciam acerca dos prédios com essas características e que foram, criminosamente, negociados ou demolidos para serem vistos e lembrados como jazigos de “Sombrias e Revoltosas Lembranças”, em detrimento do resgate da história e do memorial da nossa terra.

*O autor é esperancense e vive na Capital, João Pessoa/PB.

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