TRATO 2023
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07SET Pátio da Igreja Matriz Católica, com o Ossuário (laterais) e a Gruta de Massabielle, dedicada a Nossa Senhora de Lourdes.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.
Redefinindo Praças
POR EVALDO BRASIL *Atualizando a postagem “Definindo
Praça”, constatamos que Esperança possui poucas Praças, alguns Adros e Pátios,
sendo estes, por definição, restritos.
PÁTIOS:
por definição, é o espaço assemelhado a uma praça que fica na parte interna de
uma propriedade, privada ou pública, cujo acesso é restrito. Assim, as escolas
e igrejas costumam ter os seus. Em Esperança se destacam o da Escola Paroquial,
antigo Ginásio Diocesano, hoje EMEF Dom Manoel Palmeira*. A céu aberto, ele permite
aos estudantes o banho de sol no intervalo das aulas. O da escola Olímpia
Souto, também é bastante espaçoso. Por incrível que pareça o Ossuário e a Gruta de Nossa Senhora de Lourdes**, na Igreja Matriz Católica também se enquadraria nessa categoria, mas o da
Maternidade se destaca pela salubridade.
ADROS:
Tecnicamente, estes espaços diferem das praças por não permitirem circulação de
veículos em seu entorno, assim, pequenos espaços, sobras de terreno quando da
urbanização se tornam “pracinhas” em senso comum, como a da Beleza (Venâncio
Manuel), da Floresta (João Suassuna), de São Francisco (Augusto Donato) e do
Posto de Gasolina (Dom Adauto). A Augusto Donato já foi praça até perder um dos
lados e perder a identidade por conta da devoção de Dr. Nino Pereira, prefeito. E a
Dom Adauto foi privatizada por força da gratidão de Luiz Martins, prefeito, a
um correligionário.
Hoje
também tecnicamente adro, o Calçadão (Joaquim Pereira) também já foi praça
quando desligado da antiga prefeitura e possuidor do famoso coreto; a praça da
Cultura (Dep. Chico Souto) talvez seja nosso maior adro, ligada que está à
escola, às residências e ao CAOBE; o popular “pátio” da Matriz, esse mais que
qualquer outro entra na categoria do adro, embora urbanizado há pouco tempo,
pois historicamente os adros surgem como espaço aberto na frente das igrejas.
Na entrada da cidade temos dois, um modesto e servindo à casa de esquina da
antiga Sete de Setembro, quando uma calçada mais larga recebeu bancos e
canteiros verdes; e o Complexo “O Ninão”, quando o Campo da Rodoviário recebeu
o Ginásio e uma Unidade Básica de Saúde. De quebra, academia popular.
A
Capela da Belo Jardim, erguida onde os circos costumavam levantar suas lonas,
também possui seu adro, como outras espalhadas pela cidade e pela Zona Rural.
Mas
o caso mais emblemático que temos é a praça Dogival Costa. Antigo pátio do Grupo
Irineu Joffily, teve seus muros derrubados pelos acordos entre políticos do
município com os do Estado, permitindo a instalação de bancos e canteiros para
os moradores do setor e os estudantes se socializarem, homenageando uma ilustre
figura nas esferas político-sociais, acabou por não ter sequer uma lei
municipal que assegurasse o ato. Enorme, recentemente foi reformado junto à
própria escola, de responsabilidade da Secretaria Estadual de Educação, adro
entregue ao município, uma santa é assentada e passa a servir de espaço para
devotos. O Adro Dogival Costa é outro espaço de identidade questionável: praça
do Irineu no popular, praça Dogival Costa inaugurada por Luiz Martins em ato
público póstumo... assim como a praça Augusto Donato, tornada São Francisco por
ato de Nino Pereira, ambas, sem lei que as regulamentem.
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24AGO E depois da maior reforma que a escola já recebeu, seu adro, de responsabilidade do município, não ficaria sem um trato.
FOTO&TRATO: Evaldo Brasil.
ALAMEDAS:
Antes de definir e citar algumas praças de Esperança, citemos as alamedas. Por
incrível que pareça aos visitantes, a cidade Lírio Verde, que já aterrou
açudes, barreiros, lagoas, lagos e tanques em nome do progresso, derrubando
muitas árvores, ainda possui ruas arborizadas, com pracinhas divisórias da mãe
e contramão com suas castanholas e sempre-verdes, como a Alameda Patrícia
Bastos, a da Beleza e a da São Sebastião, provavelmente a mais extensa. A Rua
do Campo (Praça de Esportes José Ramalho da Costa) perdeu grande castanhola em
2011, mas teima em manter-se alameda.
PRAÇAS:
Em uma definição bastante ampla, praça é qualquer espaço público urbano livre
(livre) de edificações e que propicie convivência e/ou recreação para seus
usuários (repetindo...). Normalmente, a apreensão do sentido de “praça” varia
de população para população, de acordo com a cultura de cada lugar. Em geral,
este tipo de espaço está associado à ideia de haver prioridade (prioridade) ao
pedestre e não acessibilidade de veículos (repetindo...), mas esta não é uma
regra. No Brasil, a ideia de praça normalmente está associada à presença de
ajardinamento (ajardinamento, no Brasil), sendo espaço conhecido por LARGO,
correspondentes à ideia que se tem de praça em países como a Itália, a Espanha
e Portugal. Neste sentido, um largo é considerado uma “praça seca”.
A
Pracinha do Amor (José Bento da Silva), a da Obra Nova, a do Aconchego (Antonio
Nogueira) e a José Pessoa possuem jardinagem, em crise, principalmente estas
duas últimas.
A
Praça Joaquim Vital, a da Tv. São Vicente e a do Rotary, pura argamassa,
pequenos triângulos aproveitados na bifurcação das ruas.
A
da Televisão (Antonio Bezerra) se mantém, a do Matuto (Pedro Taveira Filho em
reforma muda pra Antonio Anísio da Costa, Gogóia).
A
da Capela (Juvenal Soldado) e Sérgio Virgínio, finalmente edificadas e Praça
das Umburanas e do Poeta, prometidas.
A
Capelinha das Pedras, por sua vez, é um caso a parte, podendo se enquadrar como
Mirante e Praça Azul, pela vista da cidade e pelos reservatórios d’água. Pode
até, em se querendo, ser Praça-jardim, em se aproveitando trecho para jardinagem.
É, naturalmente um adro natural, vez que todo o lajedo lhe serve para tal... é
pátio, vez que toda a área é murada.
SAIBA MAIS:
PIAZZA é a palavra italiana para
designar uma PRAÇA, um espaço aberto dentro de uma cidade; muitas vezes
usado como um mercado, na Itália.
O
que poderia ter modernamente acontecido aqui se a Lei Municipal nº 1.256/2008
tivesse vingado e o Calçadão ampliado pela Titi Jesuíno até a Antonio Nicolau,
aos poucos criando um shpping a céu aberto.
De
acordo com cada sentido que a palavra assume, estes espaços podem ser
classificados das seguintes formas:
PRAÇA-JARDIM: Espaços nos quais a
contemplação da formação vegetal e a circulação são priorizadas. Menos
veículos, mais gente, mais árvores. A pracinha do Amor, também conhecida como
Triângulo, é a que temos mais próxima desse conceito, pela jardinagem feita
pelos moradores do entorno; por não permitir automóveis em suas estreitas
passagens.
PRAÇA SECA: Largos históricos ou espaços
que suportam intensa circulação de pedestres. Nosso Calçadão seria o mais
próximo que temos desse tipo, além da alameda da Rua do Campo, onde ocorre a
nossa feira semanal.
PRAÇA AZUL: Praças nas quais a água possui
papel fundamental. Alguns belvederes (italiano) tipo terraço alto; pequeno
mirante e ponto elevado, de largo horizonte; miradouro, além de jardins de
várzea se encaixam nessa definição. Não temos nada desse tipo, mas temos
potencial, sugerido no Plano Diretor, como a Ladeira do Moco, o Alto da Bela
Vista, a Serra do Urubu e descida da Usina, como propícios aos mirantes e
Araçagi e Tanque do Governo como específicas praças azuis.
PRAÇA AMARELA: Praças em geral. Onde todas as
que temos podem ser classificadas, vez que nunca pensadas com as
especificidades das anteriores.
Talvez
os primeiros espaços urbanos que tenham sido intencionalmente projetados para
cumprirem o papel que hoje é dado às praças sejam a ÁGORA, para os gregos, e o FÓRUM,
para os romanos. Ambos, no contexto das cidades nas quais se inseriam, possuíam
um aspecto simbólico bastante importante na cultura de cada um dos povos: eram
a materialização de certa ideia de PÚBLICO. Por aqui, além da frente da igreja,
a frente do Ideal Cinema/Cine São Francisco.
A
ÁGORA grega era o espaço no qual a limitação da esfera pública urbana estava
claramente decidida: aí se praticava a democracia direta, sendo o lugar, por
excelência, da discussão e do debate de ideias entre os cidadãos. A ágora
normalmente se delimitava por um mercado, uma stoa (corredor coberto) e demais
edifícios, sendo que dela era possível ver a acrópole, a morada dos deuses na
mitologia grega. Já o FÓRUM romano representava em si mesmo a monumentalidade
do Estado, sendo que o indivíduo que por ele passasse estava espacialmente
subordinado aos enormes prédios públicos que o configuravam. Diferenciava-se da
ágora na medida em que o espaço de discussão não mais era a praça pública,
aberta, mas o espaço fechado dos edifícios, nos quais a penetração era mais
restrita.
Até
meados do século XVIII o projeto de praças estava, normalmente, restrito ao
tratamento paisagístico de grandes palácios - nem sempre inseridos no contexto
urbano. Os espaços livres existentes nas cidades configuravam-se de forma não
ordenada, em geral devido à existência de mercados populares ou às entradas de
igrejas e catedrais. As praças que historicamente se formaram nas cidades
europeias normalmente estão relacionadas com a configuração natural de um
espaço livre a partir dos planos de edifícios que foram sendo construídos ao
redor de construções importantes, como igrejas, catedrais e prédios públicos.
Há, porém, uma série de exceções notáveis a esta constatação, especialmente
durante o período barroco da arte e da urbanística europeia. Um momento de
destaque, por exemplo, está relacionado ao período em que o papa Sixto V atuou
como prefeito de Roma, no qual houve um especial cuidado com o tratamento dos
espaços públicos urbanos.
Durante
o século XIX, com o trabalho de determinados profissionais (como Olmsted) e o
desenho urbano promovido por urbanistas como Georges-Eugène Haussmann, em Paris,
e Cerdá em Barcelona, o desenho específico de praças passa a constituir matéria
própria, em paralelo à constituição formal da profissão de arquiteto paisagista
(simultaneamente ao trabalho de Olmsted no desenho de sistemas de espaços
livres em Boston e Nova Iorque).
No
Brasil, o conceito de praça é popularmente associado às ideias de verde e de
ajardinamento urbano. Por este motivo, os espaços públicos similares às praças
europeias medievais, que normalmente se formaram a partir dos PÁTIOS das
igrejas e mercados públicos, são comumente chamados de ADROS ou LARGOS. Também
por este motivo, uma série de jardins urbanos que surgem devido ao traçado
viário das cidades (como as rotatórias e canteiros centrais de grandes
avenidas) acaba recebendo o título legal de praça, ainda que sejam espaços de
difícil acesso aos pedestres e efetivamente desqualificados como
praças.
A
não ser pelas praças em regiões centrais das grandes cidades, a
típica praça na cidade brasileira se caracteriza, portanto, por ser bastante
ocupada por vegetação e arborização. Quando ela recebe um maior
tratamento, ou quando foi resultado de um projeto, ela também costuma possuir
equipamentos recreativos e contemplativos (como playgrounds, recantos para
estar, equipamentos para ginástica e cooper,
bancos e mesas, etc.
FONTE:
https://pt.wikipedia.org, acessado em 28 de novembro de 2015, às 1h40.
*VEJA MAIS: Pátio do Dom Palmeira
**VEJA TAMBÉM:
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